Os convidados desculpam-se, embora o Reino não esteja fechado a ninguém que não se exclua a si próprio […]. Na sua bondade, o Senhor convida todos; só a nossa cobardia ou a nossa loucura nos afastam dele. Aqueles que preferem comprar um campo não têm lugar no Reino: no tempo de Noé, compradores e vendedores foram engolidos pelo dilúvio (cf Lc 17,26-28) […]; o mesmo acontecerá a quem se desculpa porque acabou de se casar, pois está escrito: «Se alguém vier ter comigo, e não Me preferir ao pai, à mãe, à esposa, aos filhos, aos irmãos, às irmãs e até à própria vida, nãoLeia mais →

Velemos pela saúde do nosso próximo com o mesmo cuidado com que velamos pela nossa, esteja ele saudável ou desgastado pela doença. Porque «um só corpo em Cristo» (Rom 12,5), ricos e pobres, escravos e livres, sãos e doentes. Para todos, há uma só cabeça e princípio de tudo, que é Cristo (cf Col 1,18); o que os membros do corpo são uns para os outros, é cada um de nós para cada um dos seus irmãos. Por isso, não podemos esquecer nem abandonar aqueles que caíram antes de nós num estado de fraqueza a que todos estamos sujeitos. Antes de nos regozijarmos por estarmosLeia mais →

Os convidados desculpam-se, embora o Reino não esteja fechado a ninguém que não se exclua a si próprio […]. Na sua bondade, o Senhor convida todos; só a nossa cobardia ou a nossa loucura nos afastam dele. Aqueles que preferem comprar um campo não têm lugar no Reino: no tempo de Noé, compradores e vendedores foram engolidos pelo dilúvio (cf Lc 17,26-28) […]; o mesmo acontecerá a quem se desculpa porque acabou de se casar, pois está escrito: «Se alguém vier ter comigo, e não Me preferir ao pai, à mãe, à esposa, aos filhos, aos irmãos, às irmãs e até à própria vida, nãoLeia mais →

A misericórdia e a beneficência são amigas de Deus; quando elas se estabelecem no coração de um homem, divinizam-no e o moldam segundo a semelhança do Bem soberano, para que ele seja imagem da primeira e imaculada essência, que ultrapassa todo conhecimento. Vós, portanto, criaturas racionais, dotadas de inteligência capaz de interpretar e ensinar as coisas divinas, não vos deixeis seduzir pelas realidades passageiras; esforçai-vos antes por alcançar Aquele pelo qual tudo se torna eterno. Limitai-vos no uso dos bens desta vida: as coisas não vos pertencem. Deixai, pois, uma parte do que possuís para os pobres, que são amados por Deus, pois tudo pertenceLeia mais →

O Verbo sacode o preguiçoso e desperta o adormecido. Com efeito, Aquele que vem bater à porta deseja entrar. Só depende de nós permitir que Ele entre ou permaneça do lado de fora, que Ele fique ou se retire. Mantém tua porta aberta Àquele que vem; abre tua alma, alarga as capacidades do teu espírito, para descobrires a riqueza da simplicidade, o tesouro da paz, a doçura da graça. Dilata o teu coração; corre ao encontro do Sol da luz eterna, que «ilumina todo homem» (Jo 1,9). A luz verdadeira resplandece para todos; mas quem fecha as janelas da alma priva-se da luz eterna. Portanto,Leia mais →

O fariseu dizia: «Meu Deus, dou graças a Ti por não ser como os outros homens». Quem são os outros homens? Não seriam todos, exceto ele? «Eu sou justo; os outros são pecadores. Eu não sou como os demais, que são injustos, ladrões e adúlteros». E eis que a simples presença de um publicano ao seu lado lhe dá ainda mais ocasião de se envaidecer. «Eu sou diferente; ele é como os outros. Eu não sou da mesma espécie, não sou pecador, pois pratico muitas obras justas: jejuo duas vezes por semana e pago o dízimo de tudo o que possuo». O que este homemLeia mais →

«Bem-aventurados os que choram, porque serão consolados»: não se trata das lágrimas derramadas pelos que morreram segundo a lei comum da natureza, mas daqueles que choram por causa dos seus pecados e vícios. […] «Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça»: não basta desejar a justiça; é preciso ter fome dela. Isso significa que nunca somos justos o bastante, mas devemos sempre nutrir fome pelas obras de justiça. «Bem-aventurados os misericordiosos»: a misericórdia não se limita às esmolas, mas se manifesta também diante dos pecados de nossos irmãos, quando carregamos os fardos uns dos outros. «Bem-aventurados os puros de coração»: isto é, aquelesLeia mais →

A cruz de Cristo é o suporte do gênero humano; é sobre essa coluna que se ergue a nossa morada. Quando falo da cruz, não me refiro à madeira, mas à Paixão. Essa cruz está tanto na Bretanha quanto na Índia, e em todo o universo. […] Feliz aquele que traz, no coração, a cruz e a ressurreição, assim como o lugar do nascimento e o lugar da ascensão de Cristo. Feliz aquele que possui Belém dentro de si, no coração onde Cristo nasce todos os dias. […] Feliz aquele em cujo coração Cristo ressuscita diariamente, porque todos os dias faz penitência por seus pecados,Leia mais →

Livro das Horas do Sinai (séc. IX) SC 486 Amigo do homem, Tu preparaste os exércitos dos Anjos para serem moradas acolhedoras e receptáculos veneráveis do teu esplendor divino: espectadores da tua glória, permanecem de pé junto do teu trono, executando com firmeza a tua palavra e cumprindo com zelo os teus mandamentos. Deus sem princípio e Senhor, Tu que és bom, desejando manifestar o abismo da tua bondade, criaste primeiro, pelo teu poder onipotente e pela tua ordem divina, os coros angélicos e as coortes das potestades. Pois era necessário que o bem se derramasse e se propagasse, para que mais numerosos fossem osLeia mais →

O amor de Deus não se ensina. Ninguém nos ensinou a apreciar a luz ou a valorizar a vida acima de tudo, nem a amar aqueles que nos deram à luz ou nos criaram. Da mesma forma, ou melhor, com mais razão ainda, não é um ensinamento exterior que nos ensina a amar a Deus. Na própria natureza do ser vivo – e refiro-me ao ser humano – existe um germe que contém em si o princípio dessa capacidade de amar. É à escola dos mandamentos de Deus que cabe acolher este germe, cultivá-lo com diligência, alimentá-lo cuidadosamente e levá-lo à perfeição através da graçaLeia mais →